Diante da expectativa criada ao longo da preparação para a competição sul-americana, Neymar e Paulo Henrique Ganso entraram em campo com todos os holofotes. Mas os dizeres da chuteira do atacante não quiseram aparecer na primeira partida. A ousadia até teve lampejos nos pés endiabrados do camisa 11, mas a alegria ficou escondida, entalada na garganta junto do grito de gol.
No empate por 0 a 0 com a Venezuela, em La Plata, pouco se viu da dupla do Santos, aquela que encanta o Brasil desde o ano passado. Apagado, Ganso apareceu pouco para o jogo. Principalmente no segundo tempo. Trocou alguns passes, inverteu algumas jogadas, mas nada que levantasse o torcedor brasileiro na fria arquibancada. Questionado, o técnico Mano Menezes lembrou que o camisa 10 vem de duas sérias lesões.
- O Ganso vem de uma parada, vem de lesões. Fez o jogo da final da Libertadores, fez agora a estreia na Copa América e precisa crescer junto com a competição. Mas de qualquer maneira ele foi bem no que exige sua função. Ele tentou ser o armador o tempo todo e muitas vezes deu o último passo – analisou o treinador. De agosto de 2010 até a Copa América, o meia lesionou o joelho esquerdo e a coxa direita.
Antes de a bola rolar, Neymar e Paulo Henrique Ganso, amigos desde as categorias de base do Santos, se abraçaram. Um símbolo do entrosamento que rola entre os dois. Mas nada disso esteve em campo. O garoto do moicano e o elegante meia pouco fizeram para confirmar essa parceria de sucesso.
Ganso foi o jogador brasileiro que mais errou passes na partida. Foram 11 no total. O camisa 10 só acertou 58% das tentativas durante os 90 minutos segundo as estatísticas da Conmebol. Ele não arriscou nenhum chute a gol. Ganso e Neymar se procuraram muito em campo. Dos 15 passes certos do meia, oito foram para o atacante.
- A gente até conseguiu criar chances no primeiro tempo, mas a Venezuela se fechou e não conseguimos mais fazer a penetração. Esperamos que no próximo jogo saiam os gols - disse Ganso.
Nem mesmo quando o camisa 11 bateu no peito e avisou ao meia que era para mandar a bola nele quando Ganso preferiu um passe para Pato e a jogada não deu em nada. Com a bola nos pés, Neymar driblou, correu, foi à linha de fundo, tentou invadir a área... mas esteve longe das redes.
- Não vou individualizar os nossos problemas. Vou conversar separadamente com cada um dos jogadores, mas vou analisar coletivamente. Não podemos culpar somente o setor ofensivo, porque o ajuste é do time todo – acrescentou Mano Menezes, já pensando no duelo com o Paraguai, dia 9 de julho, em Córdoba.
- Não vou individualizar os nossos problemas. Vou conversar separadamente com cada um dos jogadores, mas vou analisar coletivamente. Não podemos culpar somente o setor ofensivo, porque o ajuste é do time todo – acrescentou Mano Menezes, já pensando no duelo com o Paraguai, dia 9 de julho, em Córdoba.
Que para esse duelo, a dupla de estrelas Neymar e Ganso faça das palavras na chuteira do garoto uma realidade. Muita ousadia e alegria para Seleção Brasileira.
Fonte: Globoesporte.com
Nota do Blog:
A Seleção Brasileira do Mano Menezes fica buscando o vôo do Ganso ou do Pato e se esquece que quem mais precisa se destacar é outra ave: o Canarinho. Tem que ter mais coletivo e menos “oba-oba!”. O preciosismo está passando dos limites. Já vimos este filme e não gostamos do final.
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